sábado, 31 de outubro de 2009

Secretaria apóia Seminário Paulistano de Calçadas

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No dia 6 de novembro, acontece, na Câmara Municipal de São Paulo, o 2º Seminário Paulistano de Calçadas. O evento, que conta com apoio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, deve reunir cidadãos, arquitetos, engenheiros, representantes do poder público e da iniciativa privada para dar continuidade aos projetos de construção e reforma dos mais de 30 mil quilômetros de calçadas do município.

São Paulo lidera, desde o 1º Seminário, realizado em 2004, um movimento para promover a recuperação e padronização das vias de pedestres. Desde então são promovidas ações públicas ou de parceria público-privada que visam melhorar a qualidade de vida de seus moradores, diminuir o número de acidentes com pedestres e criar condições de acesso para pessoas com deficiência. O Programa Passeio Livre lançado em 2005, é uma dessas ações. Ele introduziu uma atualização na legislação e implementou algumas mudanças significativas.

O 2º Seminário Paulistano de Calçadas tem como objetivos promover a retrospectiva do Programa Passeio Livre e mostrar a importância de promover a acessibilidade e os benefícios que ela trás à vida dos pedestres e das pessoas com deficiência. Para reforçar a importância dos trabalhos que estão sendo feitos nessa área e abrir espaço para novas soluções, o Seminário contará com uma ampla programação.

Serviço

2º Seminário Paulistano de Calçadas
Data: 6 de novembro de 2009
Horário: 13h30 às 19h00
Local: Câmara Municipal de São Paulo
Endereço: Viaduto Jacareí, 100 - Bela Vista - São Paulo - SP
Inscrições gratuitas - http://www.natalini.com.br/
Fone: (11) 3396.4405
E-mail: natalini@camara.sp.gov.br
Mais informações: José Cássio Castanho
Fone: (11) 7167.6107
E-mail: jcassio@hotmail.com

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

13h30 - Recepção Hall Salão Nobre - 8º andar
14h00 - Cerimônia de Abertura Salão Nobre - 8º andar

Apresentação das Retrospectivas:
1º Seminário Paulistano de Calçadas realizado em 2004 pela CMSP
1º Fórum Paulistano de Passeio Público realizado em 2005 pela PMSP

15h00 - Painel I Panorama do Programa Passeio Livre no Estado de São Paulo
Eduardo de Souza Cesar - Prefeito do Município de Ubatuba
Eduardo Aliandro Barros - Supervisor de Projetos e Edificações da URBAM - São José dos Campos
Silvana Serafino Cambiaghi - Presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade-CPA da Prefeitura de São Paulo
Mediador José Renato Melhem - Assessor de Urbanismo do Vereador Gilberto Natalini e diretor do IAB/SP

17h00 - Painel II A importância do Programa Passeio Livre para a acessibilidade
Ticiane Duarte - Atleta para-olímpica
Sistemas Integrados de Calçadas do Programa Passeio Livre
Concreto Estampado I Ladrilho Hidráulico I Pavimento Intertravado I Placas de Concreto
Ricardo Humberto Moschetti - Gerente Regional São Paulo da Associação Brasileira de Cimento Portland

Calçadas e sua Inserção Urbana e Paisagística Benedito Abbud - Benedito Abbud Arquitetura Paisagística

Durante o seminário, o Vereador Gilberto Natalini apresentará a nova cartilha do programa Passeio Público

18h40 - Coquetel e network
Espaço Freitas Nobre

Com informações da AsBEA

http://www.asbea.org.br/escritorios-arquitetura/eventos/sao-paulo-abriga-2o-seminario-de-calcadas-154927-1.asp

Fonte: Secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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III Simpósio Esporte Adaptado e Saúde

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Dia 14 novembro 2009 - Clube Espéria Salão Grená

PROGRAMAÇÃO

7:30 às 8:00
Cadastro e entrega de materiais

8:10 Mesa de Abertura
Dr Acary Bulle, Dr Walter Feldman, Sec Marcos Belizário, Dr Arthur Moreira Ricca, Ft Salete Conde, Dr Beny Schmidt, Bárbara Kirchner

8:40 Histórico Esporte: Do Grego ao Brasileiro
Dr Victor D. Salis

9:10 Conceito Histórico: Esporte e Esporte Adaptado no Brasil e no Mundo
Ft Marco Antonio Ferreira Alves

9:40 Acessibilidade, Adaptação e Ascensão Social
Arq Silvana Serafim Cambiaghi

10:10 Classificação Funcional / Modalidades
Profa Dra Patrícia Silvestre de Freitas

10:40 Saúde do Atleta no Paradesporto
Ft Salete Conde

11:00 Mesa Redonda: Promoção da Saúde - Evitando Armadilhas no Esporte
Dr Acary Bulle, Dr Beny Schimdt, Dr Carlos Vicente Andreolli, Dr Claudio Clementino, Dr Osmar de Oliveira, Dr Daniel Esperante, Dr Marco Túlio de Mello, Ft Salete Conde

12:15 às 12:30 Perguntas e respostas

12:30 às 13:30 Almoço (Oferecido pela organização do evento)

Tarde

13:30 às 14:10 Mesa redonda: Treinamento para Atletas com Deficiência
Atletismo - Daniel Biscola,
Voleibol - Amaury Ribeiro
Remo - Julio Noronha
Natação - Eliana Mutchnik
Halterofilismo - Murilo Spina
Basquete em Cadeira de Rodas - Sileno Santos

14:10 às 14:30 Perguntas e respostas

14:30 às 16:45 Dinâmica no Esporte Adaptado (Atividades Práticas) - Quadra
Nutrição - Regina Célia
Atletismo - Daniel Biscola,
Voleibol - Amaury Ribeiro
Remo - Julio Noronha / Eliana Mutchnik
Natação - Eliana Mutchnik
Halterofilismo - Murilo Spina
Basquete em Cadeira de Rodas - Sileno Santos
Odontologia no Esporte Adaptado - Alexandre Barberini

16:45 às 17:00 Coffee break

17:00 às 18:30 Mesa Redonda: Esporte Adaptado (Atletas)
Alexander Whitaker (halterofilismo)
Edson Dantas (atletismo)
Marco Aurélio (atletismo)
André Oliveira (atletismo)
Joon Sok Seu (natação)
Maria Liduina (natação)
Mariana (basquete)

Para informações e inscrição acesse:

http://www.esporteadaptado.com/portal2009/index.htm

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Mão biônica da Escócia é liberada e chega ao país

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Uma prótese para as mãos, que permite o movimento dos dedos, acaba de chegar ao Brasil. A Anvisa autorizou a venda da mão biônica fabricada na Escócia, mas custa R$120 mil.



Fonte: Notícias Uol

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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

.Medalhas para Rosana Selicani

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Amputada, ela deu a volta por cima e se tornou uma campeã de natação



Fonte: G1

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Esquecer o Parapan

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Ganhamos 2016! E junto veio, embrulhada por nós mesmos, a obrigação de realizar também os Jogos Paraolímpicos. Ninguém comemorou, ninguém mencionou, ninguém brindou. De certa forma nós que trabalhamos na área já estamos acostumados a esse processo de exclusão, mas alguém precisa lembrar a todos essa obrigação que torna ainda mais difícil fazer acontecer com exemplaridade o projeto com o qual nos comprometemos e que venceu em Copenhague.
O exemplo do Para-pan foi péssimo. Quanta diferença entre as condições dos Jogos Panamericanos e Para-panamericanos! Golden Cross para os atletas olímpicos e SUS para os atletas com deficiência. A questão não é terem os atletas com deficiência sido atendidos através do Sistema Único de Saúde, entendo que esse deveria ser o serviço oferecido a olímpicos e paraolímpicos, se esse é o sistema que atende a todo brasileiro. O problema é a diferença, dar tratamento diferente é crime.
Mas não vou bater nessa tecla da diferença, teria que falar da abertura, do encerramento, da falta de transporte acessível, da construção de estádios e da Vila Paraolímpica sem acesso para pessoas com deficiência.
Deveria falar também das histórias contadas no Sumário Executivo da nossa candidatura. Por exemplo, sobre a experiência em realizar competições paraolímpicas, o dossiê fala dos bem realizados #Jogos Mundiais # para cegos e deficientes visuais, em 2007, e Jogos Mundiais em Cadeiras de Rodas, em 2005. Tão bem sucedidos que faliram as duas federações nacionais responsáveis, a CBDC e a ABRADECAR.
Quero falar do futuro, do que nós, do movimento de pessoas com deficiência, queremos para 2016:

1 Uma cidade para todos: transporte acessível para o uso por deficientes em especial cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção.

2 Estádios e Vila Olímpica com acessibilidade universal, o novo conceito que faz da construção de espaços um meio de acesso para todos, deixando de lado a idéia de adaptação e sem o engodo que foi a acessibilidade dos equipamentos esportivos construídos ou reformados para 2007.

3 Um Comitê Paraolímpico forte e atuante com atletas e clubes apoiados diretamente. Hoje os recursos públicos ficam só com as organizações dirigentes e nem para o Para-pan nem na candidatura de 2016 houve uma participação efetiva dos paraolímpicos.

4 Um legado social para o Rio.

Devemos estar atentos para cobrar, em nome de cada carioca e de cada voto ganho em Copenhague, as promessas feitas e a transparência prometida.

*Teresa Costa d’Amaral é superintendente do IBDD

Fonte: Informativo IBDD – Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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Casas Bahia selecionam pessoas com deficiência

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As vagas oferecidas são de: vendedor , caixa, auxiliar de escritório e auxiliar de estoque
A rede de varejo Casas Bahia abre processo seletivo para a contratação de pessoas com deficiência na Grande São Paulo e região do ABCD. Nesta etapa, a empresa está admitindo pessoas com as seguintes deficiências:

- parapresia: paralisia parcial das extremidades inferiores;
- monoplegia: paralisia de uma só parte do corpo;
- monoparesia: paralisia parcial de uma só parte do corpo;
- hemiparesia: fraqueza muscular de metade do corpo;
- deficiência auditiva parcial: moderada e acentuada;
- deficiência visual parcial;
- deformidades adquiridas ou congênitas - membros

As vagas oferecidas são de: vendedor , caixa, auxiliar de escritório e auxiliar de estoque.

A carga horária é de 8 horas diárias, cumpridas em horário comercial.

Os candidatos devem ter mais de 18 anos. Não exige-se escolaridade mínima ou experiência anterior.

A empresa oferece como benefícios: vale transporte, cesta básica, convênio médico, odontológico, laboral, além de plano de carreira.
Os interessados devem cadastrar o currículo no site: www.casasbahia.com.br.
Como fonte, no campo de observação, os candidatos devem colocar: guia de empregos aprendiz.

Fonte: aprendiz

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Quer aprender Libras com a Vez da Voz?

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Acesse o site e assista vídeos com aulas gratuitas

Constantemente, a ONG Vez da Voz interage com as pessoas com deficiência visual, auditiva, física e intelectual, com o objetivo de descobrir suas reais necessidades. E foi a partir desta interação, que os membros desta ONG desenvolveram mais um projeto inclusivo: o Telelibras, o primeiro telejornal inclusivo e inédito, na Internet, que transmite informações sobre o que acontece no Brasil e no mundo e é voltado às pessoas com deficiência auditiva e aos interessados em aprender a Libras. Apresentadores e um intérprete dividem o mesmo espaço na tela do vídeo, mostrando que todos somos iguais, apesar das (nossas) diferenças.
Segundo o último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje há no Brasil mais de 5,7 milhões de pessoas com problemas relacionados à surdez – desses, 166 mil são incapazes de ouvir e desses, apenas 15% entendem o português.

Objetivos do Telelibras:

Promover o acesso da pessoa com deficiência auditiva às informações jornalísticas;
Construir uma mídia democrática e inclusiva, onde todos tenham direito à informação, independente das diferenças.
O direito à informação antecede a prática dos direitos humanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) enfatiza, como fundamentais (fundamental), o direito à informação e à comunicação, que são essenciais para o exercício da cidadania.

Para assistir os vídeos acesse: http://www.vezdavoz.com.br/2vrs/telelibras.php

Fonte: Vez da Voz

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A cega era eu

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Descobri que para ler o mundo não é preciso ver
Eliane Brum

Às 15h46min de quarta-feira recebi um e-mail que não era um e-mail, mas uma passagem para uma dimensão desconhecida. Pelo menos para mim. Leniro Alves contava que tinha me ouvido em uma entrevista na rádio CBN e, desde então, começara a ler minhas reportagens. Gostava porque lhe parecia que eu passava "muita sinceridade naquilo que escrevia". Fiquei toda contente, como sempre fico quando alguém diz que minha escrita ecoa em sua vida. Agradeci. Leniro contou então que leu um jornal pela primeira vez aos 40 anos. Que hoje, aos 50 e poucos, só lamenta não ter podido se deliciar com as entrevistas do Pasquim quando tinha 20 e tantos. Agora, ainda que os jornais e revistas não facilitem muito, ele lê de tudo - e também essa coluna. Leniro é cego. Ele lê graças a um programa de computador, com sintetizador de voz, criado no Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro por um Professor, assim com maiúscula, chamado Antonio Borges. Ao encontrar um aluno cego, Marcelo Pimentel, na sua sala da disciplina de computação gráfica, Antonio descobriu que precisava inventar algo que tornasse possível aos deficientes visuais ter acesso ao computador e à internet. Isso era início dos anos 90 e, naquele momento, as opções existentes eram bastante precárias. Antonio criou um programa chamado Dosvox, que permite aos cegos acessar a internet, ler e escrever, mandar e receber e-mails, participar de chats e trocar ideias como qualquer um que pode ver. Essa história está bem contada no seguinte endereço: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/historico.htm.
Vale muito a pena dar uma passada por lá.
Até então, cegos como Leniro viviam num universo restrito. Muito pouco era convertido ao braille. E, se um cego escrevesse em braille, seria lido apenas entre cegos.
Também havia as fitas cassetes, com a gravação de livros lidos em voz alta. Mas era sempre a leitura de um outro. E continuavam sendo poucos os livros disponíveis em fitas. Jornais e revistas, em geral só podiam ser alcançados se alguém se oferecesse para ler em voz alta. A internet era inacessível. E o mundo, muito pequeno.
E pouco permeável. Eu nunca tinha parado para enxergar o mundo de Leniro. Ali, a cega era eu.
Essa coluna é o começo de minha aventura pelo mundo dos que veem diferente. Começamos a conversar por e-mail. Fiz uma pergunta atrás da outra. Fazia tempo que não me sentia tão criança ao olhar para uma realidade nova. De novo, eu estava na fase dos porquês. Só faltou perguntar de onde vinham os bebês... Acho até que importunei o Leniro com minhas perguntas seriadas.
Como é o teclado? O que você sente? É uma voz que fala com você quando eu escrevo? Leniro teve muita paciência comigo: "Eliane, minha relação com a palavra escrita é a da busca da própria intimidade. Como é bom a gente se encontrar num Machado de Assis... Não deixe de vivenciar um pouco desse mundo, que é muito mais rico do que pode parecer inicialmente. Ele é bem mais engraçado do que dramático, entende? Bem mais positivo do que a gente em princípio pensa que é. O importante não é nem a reportagem, mas o que se pode apreender do ponto de vista humano".
Muitos anos atrás, eu ainda trabalhava no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, quando me despacharam para cobrir um eclipse do sol. Eu era uma das muitas repórteres que se espalharam pela cidade para trazer histórias do eclipse. Quando você trabalha em um jornal diário, às vezes precisa se desdobrar muito para trazer uma boa história. O que vou contar?, pensava eu, empunhando uma radiografia para proteger os olhos enquanto caminhava pelas ruas do centro da capital gaúcha.
Ok, a lua vai engolir o sol por um minuto, as pessoas vão fazer ahhhhhhhhh, e, como elas, eu vou achar lindo. Mas qual é a história? Então eu vi uma cega. Toquei na mão dela e pedi: "Deixa eu ficar com você na hora do eclipse?". Ela deixou. Foi tudo muito rápido. Ela nunca tinha visto o sol, nunca tinha visto a lua, nunca tinha visto as estrelas ou o céu azul. Ela nunca tinha visto a si mesma.
De mãos dadas com ela, descobri que ela enxergava tudo isso, só que de outro modo. Quando a lua cobriu totalmente o sol, ela disse: "Estou sentindo um frio diferente".
Era isso. Ela via o eclipse. E via de um jeito que eu jamais poderia. O tempo passou e eu esqueci dessa história. Ao conhecer Leniro, essa memória voltou. Assim como a de outra reportagem em que passei 24 horas na Rua da Praia, a mais mítica de Porto Alegre. No fim da tarde, vi dois cegos conversando na esquina com suas bengalas. Parei ao lado, me identifiquei e fiquei por ali.
Depois de algum tempo, acho que me esqueceram. Continuei ouvindo o que falavam. A conversa não seria surpreendente se não fossem cegos. Mas eram cegos. (O que será que eu imaginava? Que estivessem discutindo a crítica da razão pura de Kant, apenas por que eram cegos e não tinham nada de melhor para conversar?)
Pois então. Eles só falavam de mulher! A certa altura, não me contive e perguntei: "Mas como vocês enxergam essa mulherada toda?". Eles me explicaram. E a explicação era muito boa, mas esqueci. Faz bem mais de uma década.
Agora, finalmente, graças à aparição de Leniro na minha vida, percebi que olhar para a deficiência apenas como a falta de algo, de um sentido, não é toda a verdade.
Não só não é toda a verdade, como é um modo pobre de enxergar. Dentro de
mim, surgiu algo novo: o reconhecimento de um mundo diverso, com possibilidades diversas.
Como a de ver um eclipse como "um frio diferente". Não é curioso que tenha sido um cego a ampliar o meu olhar? Foi isso que Leniro tentou me dizer ao afirmar que é um mundo rico. Ele passou o final de semana no encontro anual do Dosvox, em Fortaleza. Nele, os usuários discutem o programa e ele sai de lá aprimorado.
Para um cego, desbravar a internet se assemelha a uma daquelas viagens dos grandes navegadores do passado. Os sites pouco se preocupam em ser acessíveis para quem não pode ver e há monstros marinhos escondidos logo ali. Para os cegos, uma mudança de layout é uma tempestade daquelas capazes de virar o barco.
Pesquisando na internet sobre o tema, encontrei a página pessoal da educadora cega Elisabet Dias de Sá. Em um dos textos, assim ela explica a epopéia: "Guardadas as devidas proporções, navegar na web é como aventurar-se pelas ruas e avenidas da cidade guiada por uma bengala, exposta ao perigo e a toda sorte de riscos decorrentes dos obstáculos, suspensos ou ao rés do chão, espalhados pelas vias públicas". Quem quiser ler mais, o endereço é: http://www.bancodeescola.com.
Em minha própria incursão por esse novo mundo, conheci nos últimos dias uma cega que compra livros, escaneia, corrige e envia para o grupo de amigo, para que todos possam alcançar a literatura pelo computador. Nem consegui esperar os e-mails. Tive de ligar para ela. "Quantos anos você tem?", perguntou-me ela.
"Quarenta e três", disse eu. "Pela voz, achei que você era mais nova", disse ela. "É essa maldita voz de criança que eu tenho", disse eu. "Não, é suave. Agora, quando eu ler seus textos, vou lembrar da sua voz", disse ela, generosa.
Conhecemo-nos pelas nossas vozes, numa ponte telefônica São Paulo-Rio de Janeiro. Ela explicou que, com esse programa, o Dosvox, cada um pode ler no seu ritmo. Mais lento, mais devagar. Pode parar, voltar, avançar. As letras são transformadas em voz. Há até um pequeno número de vozes, masculinas e
femininas, para escolher. O computador é normal, os cegos conseguem usar o teclado porque fazem curso de datilografia. E o programa permite que leiam aquilo que escrevem. Podem até ler letra a letra, se quiserem. Tipo: escrevem "a" e o computador diz "a". Como ela coloca em volume baixo, essa voz repetindo as letras não incomoda. Assim, ela pode corrigir eventuais erros. Os cegos leem e escrevem pela voz, acessada pelo teclado.
Ela compra livros, passa um scanner que transforma cada página de papel em página digital e aí, com o programa, corrige eventuais erros e envia para o grupo de amigos.
Cada livro exige pelo menos uma semana para se tornar "um trabalho bem feito", explica. Só tem disponíveis as horas depois do expediente no Tribunal de Justiça do Rio, onde é funcionária concursada. Ela queria muito que os editores concordassem em vender os livros digitalizados, já que todas as editoras têm as obras guardadas em um arquivo do computador. Antes de virar papel, os livros são digitais.
Assim, ninguém precisaria depender da sorte de ter uma amiga bacana como ela para ler não só os últimos lançamentos, mas também toda a bibliografia que por séculos ficou exilada do mundo dos cegos.
Cega de nascença, ela nunca viu. "Não enxergo escuro ou claro. É um vazio", explica. Essa é a experiência dela. Não existem dois cegos com a mesma vivência do mundo.
Cada um encontra o seu modo de lidar com uma vida sem imagens. E como são seus sonhos?, insisti. "São sons, são sentimentos", ela diz. Senti-me cega no mundo dela.
Como é um sonho sem imagens? Ou, pelo menos, sem as imagens como eu as compreendo?
Conversamos sobre O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupery. Foi ele quem disse: "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos". Ela adora O Pequeno Príncipe, eu também. E nenhuma de nós foi miss. Percebi, porém, que o meu Pequeno Príncipe é como o da maioria. Quando alguém pronuncia "Pequeno Príncipe", aciona uma tecla do meu cérebro que me devolve aquela imagem clássica do menino loirinho, diáfano, com seu manto verde. Mas esta é a imagem do ilustrador, não é a minha, nem a sua. Mesmo que eu quisesse, não conseguiria me livrar dessa ideia. O Pequeno Príncipe de minha nova amiga é só dela.
Como você imagina o Pequeno Príncipe?, perguntei. "Me vem aquela passagem de que somos responsáveis por quem cativamos". Para ela vem um sentimento, algo que ecoa nela. O pôr-do-sol vermelho descrito nos romances é também algo só dela, assim como o eclipse foi "um frio diferente" para a cega com quem fiquei de mãos dadas por um minuto compartilhado das nossas vidas, em que conectamos a diferença de nossos mundos.
Acho que há vários modos de ser cego. Aqueles com quem converso nessa coluna têm uma deficiência visual - orgânica, concreta. Mas criaram outras maneiras de se conectar ao mundo, outras formas de enxergar. O mais triste é quando nosso sistema visual funciona perfeitamente, mas só enxergamos o óbvio, o que nos foi dado para ver, o que estamos condicionados a ver. Quando acordamos, a cada manhã, e as cenas da nossa vida se repetem como se assistíssemos sempre ao mesmo filme.
Às vezes, choramos diante da tela não por emoção, mas pela falta dela. O filme é chato, mas sabemos o que vai acontecer em cada cena. É chato, mas é seguro. Em nome da segurança, abrimos mão de experimentar novos enredos. Tememos nos arriscar à possibilidade do diferente. Temos tanto medo que fechamos os olhos ao espanto do mundo.
Acho que ser cego é não ver o mundo do outro. Estar fechado ao que é diferente de nós. Isso vale para qualquer outro, para qualquer mundo. Nem sei dizer o quanto meu universo se ampliou ao ser vista por Leniro. A vida é sempre surpreendente quando não temos medo dela: foi preciso que os cegos me vissem para que eu os enxergasse.
E, depois deles, tornei-me menos cega. Para quem quiser iniciar seu próprio ensaio sobre a cegueira, sugiro começar por um texto de Leniro. Sim, porque Leniro não apenas lê no computador - ele também escreve crônicas e poesias. E escreve com muito humor. Leniro não só lê e escreve, como consegue rir da sua impossibilidade mecânica de ver com os olhos. E ser capaz de rir de si mesmo é sempre uma grande virtude. Nesse texto ele conta de sua iniciação na internet - e de seu primeiro encontro literalmente às cegas. Imperdível. Fiquei me coçando de vontade de contar essa história aqui na coluna, mas eu jamais conseguiria escrever com tanta graça. Confira:
http://www.bancodeescola.com/leniro.htm.

Fonte: Rede Saci

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Programa Avançado de Intercâmbio sobre Liderança Internacional, Emprego e Deficiência

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Conheça a ONG americana Mobility International USA (MIUSA), que capacita pessoas com deficiência pelo mundo

A MIUSA é uma ONG americana, a qual sua missão é capacitar pessoas com algum tipo de deficiência pelo mundo, para então alcançarem seus direitos humanos através de intercâmbio internacional e qualificações internacionais.

Sobre o programa de intercâmbio:

Tem o objetivo de reunir pessoas com e sem deficiências de nove países na América Latina para conduzir visitas e discussões interativas com políticos e oficiais, como senadores, empresários entre outros, nos EUA, para moldarem a capacidade governamental, de negócios, de escolas e organizações destinadas a pessoas com deficiência para então aumentar oportunidades de emprego para pessoas com deficiência.

Público-alvo:

Homens e mulheres, com e sem deficiência, que sejam influentes e que estejam em posição de gestão de políticas e tomada de decisão, da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, México e Peru. A MIUSA irá selecionar pessoas influentes na política e nos negócios e líderes de comunidades que estejam envolvidos em programas de educação, planejamento urbano e transporte, que demonstrarem capacidade e comprometimento para implementar políticas, planejamento e administração que aumentem as oportunidades de emprego para pessoas com deficiência em níveis local, regional, nacional e/ou internacional.

Data:
De 6 a 18 de Março de 2010.

Local:
Eugene, Oregon, Estados Unidos.

Custos:
- Taxa de U0 do programa
- Passaporte e visto americano

Prazo para inscrição:
1º de Dezembro de 2009.

Inscrições (por e-mail ou fax), em inglês ou espanhol (formulário da MIUSA):
e-mail: apply@miusa.org
fax: +1-541-343-6812.

Fonte: Rede Saci

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Uma Verdadeira Obra de Arte

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Recebi da Rê Resende e achei muito lindo, resolvi compartilhar com vocês:

O dom de curar nem sempre está apenas em medicamentos ou cirurgias...
Pode estar, literalmente, nas mãos de um artista, mesmo que esta arte não seja exposta em galerias famosas.
Nesse caso, a cura foi a devolução da auto-estima para uma garotinha

O que é maravilhoso!

Confiram as fotos.





















"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade."

Carlos Drummond de Andrade


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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Comissão estende a celetista direito de acompanhar filho deficiente

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A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou nesta quarta-feira (21) proposta que possibilita ao trabalhador acompanhar um familiar portador de necessidades especiais aos tratamentos médicos necessários, sem prejuízo salarial. O texto beneficia trabalhadores regidos pela CLT. Os servidores públicos já têm direito a licença por motivo de doença em pessoa da família.
A relatora, deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), recomendou a aprovação do Projeto de Lei 1038/03, do falecido deputado Ricardo Izar, e de seus apensados - 1265/03, 2452/03, 3768/04, 3799/08 e 4674/09 - na forma de substitutivo.
Para a deputada, os argumentos sobre eventuais prejuízos à competitividade das empresas não justificam a rejeição do projeto. "Não podemos admitir é que as famílias sejam as prejudicadas e que o indivíduo tenha que optar entre estar empregado e assistir aos familiares adoentados ou deficientes".
O trabalhador poderá deixar de comparecer ao trabalho no turno da jornada diária em que tiver de acompanhar terapias e tratamentos médicos de filho ou dependente deficiente, desde que parecer técnico ou laudo médico específico, emitido por profissional da rede hospitalar pública, comprove a necessidade de assistência continuada.
Os pais ou responsáveis poderão decidir qual dos dois ficará com a obrigatoriedade de acompanhar o filho deficiente. A alternância, se for o caso, será admitida, mas não a acumulação do direito de faltar ao trabalho no mesmo turno, ainda que os empregadores sejam diferentes.

Prazos

O empregado também terá direito a ausência remunerada por até 30 dias em caso de doença do cônjuge ou companheiro, pais, padrasto ou madrasta, filhos, enteados ou dependente. Para isso é preciso comprovar, mediante atestado médico, que a assistência direta do empregado é indispensável, e que é impossível conciliá-la com a sua permanência no trabalho.
A licença poderá ser prorrogada, sem remuneração, por até 60 dias. A cada período de 18 meses, o trabalhador ganha direito a nova licença.
A relatora não acolheu a possibilidade de o servidor faltar ao serviço, sem prejuízo da remuneração, para tirar segunda via de documentos, proposta pelo PL 3799/08.

Tramitação

O projeto foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família e rejeitado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. Em decorrência dos pareceres divergentes, a proposta terá de ser votada pelo Plenário da Câmara.

Íntegra da proposta:
PL-1038/2003

Fonte: Jornal Jurid Digital

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Eu e os Paralamas do Sucesso

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“o Herbert olhava pra mim e dizia: estamos na batalha”

O dia 9 de outubro, para mim, começou meio sem graça, pois lá pelas onze da manhã eu tomei um belíssimo “pé na bunda” à distância. Mas como diz a minha irmã Danielle, “um pé na bunda leva a gente pra frente”!
Como eu já havia comprado, há muito tempo, o ingresso para o show dos Paralamas, decidi que o show seria o remédio para alegrar minha noite depois de um dia de dor de cotovelo. Chegando lá, coloquei na minha cabeça que iria encontrar herbert vianna e sua troupe nos camarins. Para me ajudar nesta missão, apareceu o meu amigo Daniel Miranda e sua namorada Janaína.
Ficamos trovando antes de começar o show, sobre qual seria a melhor maneira de invadir o camarim dos caras. Eu havia comprado ingresso para a pista, mas como não deixam cadeirantes ficar na pista, tive o privilégio de ficar no camarote vip, junto com um bando de cadeirantes, ser cadeirante tem as suas vantagens.
Eu tentava convencer os seguranças a me levar até o camarim, enquanto o meu comparsa cuidava dos seguranças do andar de baixo. O show foi o melhor que eu presenciei naquele teatro. Herbert cantando e tocando muito a sua guitarra, e fazendo solos muito empolgantes. João Baroni fantástico na sua bateria, com viradas impressionantes e a galera numa vibe super positiva! O momento mais marcante do espetáculo foi quando a banda executou lanterna dos afogados, porque a galera participou ativamente levantando os braços.
Terminou o show e eu fomos os três, eu Dani e Jana, para nossa complicada missão. O Dani foi, como de hábito, habilidoso e tormou a operação menos complicada do que eu imaginava, porém demorada. Ficamos na fila um tempão! enfim, chegou a nossa veze fiquei pensando no que ia dizer ao Herbert. Claro que não podia esquecer o recado do meu chefe, que era transmitir um abraço do militão da banda militão e os recrutas! Quando eu falei no nome do Militão, o Herbert prontamente lembrou de quem se tratava e perguntou se eu tinha contato com ele. Contei que ele foi meu professor e atualmente é meu chefe. Ele bem humoradamente, respondeu: “diga a ele que ele como músico é um excelente professor!”
Entramos na fase das fotos! Foi emocionante e tocante, pois o Herbert olhava pra mim e dizia: “estamos na batalha”.
Conversamos mais sobre o show e ele disse que queria me ver lá de novo quando ele voltasse a Porto Alegre. Claro que eu disse que estaria lá com ele naquele camarim, com toda certeza. Este encontro foi muito importante e emocionante para mim, porque o Herbert é um exemplo de superação e garra. Vou levar este encontro comigo para o resto da minha vida.

Sobre o autor:

Eduardo Purper é jornalista e colaborador da Inclusive.
É um dos responsáveis pelo site A Palavra É Sua.

Fonte: Agência Inclusive

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Metrô de SP faz minirrampas para facilitar embarque em trens

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Quatro anos depois da criação de normas para facilitar o acesso aos trens, o Metrô de São Paulo decidiu implantar minirrampas para reduzir os vãos existentes entre as plataformas e as portas. A informação é do repórter José Ernesto Credendio publicada na edição desta terça-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
De acordo com o texto, a mudança vai acontecer nas plataformas das estações Sé, a maior do sistema, e Itaquera, que hoje não se enquadram nas exigências elaboradas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) porque o vão é maior do que 10 cm, espaço máximo para a segurança de cadeirantes e outras pessoas com dificuldade de andar.
Os primeiros protótipos, prevê a companhia, devem estar instalados nas duas estações até agosto de 2010, para depois ser espalhado pelas demais. Como o processo está no início, a companhia diz ainda não ter orçado o investimento. Apesar da mudança, o Metrô informou que o número de acidentes devido aos vãos é insignificante.

Fonte: Folha Online

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

OAB quer que Casa da Moeda estude viabilidade de leitura em Braille no real

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O presidente em exercício do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Vladimir Rossi Lourenço, encaminhou hoje (27) ofício ao presidente da Casa da Moeda do Brasil, Luiz Felipe Denucci Martins, solicitando informações sobre a viabilidade técnica para implantação do sistema de leitura em Braille nas cédulas e moedas confeccionadas para o meio circulante do País. O pedido de informações tem por objetivo instruir proposta que já tramita na entidade para ajuizamento de uma ação civil pública, em defesa dos direitos de pessoas com deficiência, que pretende implantar a leitura em Braille do real. uma vez que milhares de deficientes visuais não têm acesso a essa possibilidade hoje.
Caso seja positiva a resposta da Casa da Moeda sobre a viabilidade da impressão em braile (sistema Braille), o Conselho Federal da OAB deverá entrar com ação civil pública, com obrigação de fazer, para que possam valer os direitos das pessoas com deficiência visual. A legitimidade da OAB para ingressar com a referida ação foi aprovada, por unanimidade, durante sessão plenária do Pleno da entidade no último dia 20. A sessão foi conduzida pelo presidente nacional da OAB, Cezar Britto, e a proposta tem como relator o conselheiro federal pelo Amazonas, Edson de Oliveira.

Eis a íntegra do ofício do presidente em exercício do Conselho Federal da OAB, Vladimir Rossi Lourenço

"Ao Ilmº Sr. Luiz Felipe Denucci Martins
Presidente da Casa da Moeda do Brasil
Rio de Janeiro/RJ

Senhor Presidente.

Tramita no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil a Proposição nº 2009.29.03134-01, tendo como objeto o ajuizamento de Ação Civil Pública para a defesa dos direitos de pessoas com deficiência.
Com o intuito de instruir o referido procedimento, solicito os bons préstimos de V.Sª no sentido do encaminhamento de informações técnicas, no que se refere à implantação do sistema de leitura em Braille nas cédulas e moedas confeccionadas pela Casa da Moeda do Brasil, bem como sobre outros possíveis mecanismos que possam individualizá-las, tornando-as facilmente identificáveis pelos portadores de deficiência visual.
Colho o ensejo para renovar os protestos de elevada estima e distinta consideração.

Atenciosamente".
OAB



Fonte: Direito do Estado

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Cadeirante canoense vai disputar a Maratona de Nova York

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João Correa embarca amanhã para os Estados Unidos e espera superar a sua melhor posição.

Canoas - O cadeirante João Correa embarca amanhã para os Estados Unidos, onde, no dia 1º de novembro, irá participar da Maratona de Nova York. Esta será a quarta vez que o canoense vai disputar esta que é uma das mais - senão a mais - importantes provas de maratona do calendário da Federação Internacional de Atletismo. Correa viaja motivado pela segunda colocação na 23ª Corrida dos Correios, disputada no último dia 18 de outubro.
O cadeirante espera superar o desempenho das edições anteriores - sua melhor colocação foi um 20º lugar, em 2005. "É uma prova pesada, muito difícil.O mais importante é ficar bem colocado. Mas claro que a gente sempre quer ganhar", aponta. A nova aventura em solo norte-americano só foi possível graças aos apoios da prefeitura, ABB/Canoas, Mais Econômica, Infotel, Julliu’s Eventos, Ortobrás e Acadef.
Acostumado às grandes provas, Correa diz que na Maratona de Nova Iorque a motivação é ainda maior, pois participam atletas do mundo inteiro. O canoense será um dos três cadeirantes que vão representar o Brasil nos Estados Unidos. "Só espero que o clima esteja bom, sem chuva nem neve. Senão dificulta muito o desempenho", explica.

Fonte: Diário de Canoas

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Especiais, ordinários e outras exclusões

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Vocês não conseguem imaginar como eu adoro esse mundo da inclusão, um mundo de fraternidade e de desprendimento das pessoas.
Gente que se preocupa com cada um dos grupos que, historicamente, foi segregado ou desprezado na sociedade.
Aliás, se preocupam tanto que se dedicam a criar programas, atividades e eventos para promover essa tal de inclusão.
São tão específicos e perfeccionistas que eu sou obrigado a reconhecer minha incapacidade cognitiva em compreendê-los. Peço ajuda aos amigos.
Por exemplo: eu recebi um convite para uma festa "inclusiva" para adultos especiais (seja lá o que signifique essa palavra).
Os especiais podem levar acompanhantes ordinários (afinal, esse é o antônimo de especial), mas eles ficarão em ambientes separados, para que cada grupo se socialize entre supostamente iguais.

Muito inclusiva a proposta.

Mas não foi só essa que eu ouvi essa semana, a outra é um congresso para surdos negros, que é uma pérola rara de inclusão.
Alguém poderia alegar que, pelo menos, os surdos estão incluindo os negros, ou que os negros estão incluindo os surdos.
Nem uma coisa, nem outra. No momento em que criam um congresso tão específico o que eles estão fazendo é justamente se dividir, e jogar o outro num canto qualquer.
Um negro surdo é menos negro? Um surdo negro é mais ou menos surdo que um surdo de outra etnia?
Apesar de não ser nem negro, nem surdo, fui me informar mais a respeito. Deveria ter ficado quieto para não me aborrecer.
O site está repleto de imagens e de programação em flash (afinal, é para surdos e não para cegos).
A ficha de inscrição está em LIBRAS, portanto surdos usuários da língua portuguesa não podem se inscrever, eles que esperem o congresso dos negros surdos oralizados.
O caminho para inclusão continua sendo bloqueado pelos grupos de excluídos, muito mais do que pelo resto da população.
Enquanto as pessoas com deficiência preferirem se congregar em guetos vai ser muito difícil convencer o resto do mundo que a inclusão é algo bom para todo mundo.
Ah...e antes que alguém tente me explicar a lógica desse apartheid contemporâneo eu peço encarecidamente que me poupe desse trabalho.
( Fábio Adiron )

Fonte: http://xiitadainclusao.blogspot.com

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Cães ajudantes para pessoas com deficiência auditiva

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Animais são ensinados para substituir o ouvido humano, reagir a sinais sonoros e fazer com que o dono compreenda mais facilmente mensagens do ambiente

Foi nos Estados Unidos que apareceram os primeiros cães para surdos. Efetivamente, a formação de cães para surdos começou em 1976, com a American Humane Association, em Denver, Colorado. Com o objetivo de responder à crescente requisição deste serviço, a associação adquiriu uma fazenda no estado de Massachussets para instalar um centro de formação chamado Hearing Dog (cão ouvinte).
O programa norte-americano dirige-se, prioritariamente, para a educação de cães destinados a pessoas que sofrem de uma surdez grave e buscam uma independência. Cada cão é minuciosamente escolhido em função das necessidades e possibilidades do futuro dono. Depois, inicia-se o período de formação. O programa dura 4 meses no centro Hearing Dog e a última semana é dedicada às relações entre o futuro dono e o cão. Um conselheiro do centro leva, então, o animal até seu novo lar para que o dono e o cão se conheçam e se habituem um ao outro. Durante os 3 meses seguintes, o Centro visita regularmente o domicílio do novo dono para ver como vão as coisas. No fim destes 3 meses acontece a entrega oficial do cão com um certificado.
Como o cão sai em companhia do surdo, deve usar obrigatoriamente algo que o identifique como um cão especial. Nos Estados Unidos, convencionou-se o uso de uma coleira e de uma guia cor de laranja, o que lhe permite o acesso aos lugares públicos oficialmente proibidos aos animais.
Na Inglaterra, em 1982, foi lançado o programa de formação para surdos, sob o patrocínio do Real Instituto Britânico de Surdos.
Desde então, a associação Hearing Dogs for the Deaf selecionou muitos cães.
De maneira geral, completamente desconhecidos para o grande público fora do mundo anglo-saxônico, na França, no entando, os cães para surdos já deram seus primeiros passos. Foi realizada uma experiência com Black e Bart, dois cães provenientes de um abrigo formado por Michel Hasbrouck. O programa de formação seguiu o método norte-americano elaborado pelo Hearing Dog Program.
Na prática, qualquer cão pode ser útil a um deficiente auditivo. Assim, se a pessoa já tem um cão, ele poderá ser educado com esse objetivo. De raáa pura ou não, macho ou fêmea, o essencial é que seja tranquilo, doce, amistoso, sagaz, suficientemente curioso para procurar ruídos e inteligente para identificá-los. O cão para surdos-mudos deve ter aptidão para a obediência ao toque da mão.

O Cão: Outra Maneira de Ouvir

Da mesma maneira que o cão-guia ajuda o dono cego a se situar num espaço que ele não pode ver, o cão para surdos faz com que o dono tome consciência do universo sonoro que, de outro modo, obviamente não poderia abranger.
A ideia básica do cão para surdos é que ele reaja a certos sons familiares no lugar do dono. Ensina-se o animal a registrar prioritariamente quatro sons diferentes: a campanhia da porta de entrada, a do telefone, a do despertador e o choro de um bebê.
O cão deve poder identificar e determinar a sua origem. Depois, é treinado para chamar a atenção do dono com gestos - a pegar na sua mão, por exemplo, para levá-lo até a origem do som percebido.
A maneira de indicar o ruído pode variar em função da personalidade do cão, do dono e do meio. Durante o treinamento, o cão também deverá responder a exercícios de obediência, primeiramente formulados com a voz e depois por meio de gestos, pois os surdos têm, geralmente, como consequência da deficiência auditiva, dificuldades de comunicação falada.
Uma vez instalado na casa do dono, o cão poderá aprender a identificar e sinalizar outros ruídos, como por exemplo, o apito da panela de pressão.
Nos Estados Unidos, alguns cães são treinados para identificar e responder ao alarme de um detector de fumaça ou ao sinal sonoro de um forno elétrico.
É evidente que, durante os 3 ou 4 primeiros meses de formação, não se pode educar o cão para que reaja a todos os ruídos que ele é capaz de perceber, isto é, a aproximadamente 300 sons diferenciados, mas com os ensinamentos pode-se conseguir resultados excelentes.

Fonte: Dog Times

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Mão robótica sensível

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Foi criada uma mão robótica que permite aos amputados sentir o que estão a agarrar, para um controlo mais preciso dos movimentos.

De acordo com o site Physorg, a mão robótica foi criada, desenvolvida no âmbito do projecto Smart Hand, foi criada por investigadores da Universidade de Lund na Suécia e da Scuola Superiore Sant'Anna, em Itália.
Esta prótese avançada demorou dez anos a ser criara e inclui quatro motores e quarenta sensores desenhados para providenciar sensação à pessoa que a usa. É o primeiro dispositivo do género a enviar sinais para o cérebro, permitindo ao utilizador experimentar sensações nos dedos e na mão. Apesar dos avanços, a Smart Hand ainda está longe de funcionar como uma mão normal, visto nesta que existem milhões de sensores nervosos.

A BBC fez uma reportagem sobre o primeiro implantado com a Smart Hand



Fonte: Exame Informática

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Países desrespeitam direito à educação de pessoas com deficiência

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Estima-se que 600 milhões de pessoas apresentam algum tipo de deficiência no mundo. Além dos cuidados especiais, essas pessoas possuem direitos que, assim como os de qualquer outro cidadão, precisam ser respeitados. No entanto, não é bem isso que acontece. Por conta disso, organizações internacionais apresentarão, no próximo dia 6 de novembro, uma denúncia formal à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
A ideia é expor a violação do direito à educação das pessoas com deficiência na América Latina e no Caribe. Na ocasião, estarão presentes: o Relator Especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Direito à Educação, Vernor Muñoz; o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil); e a Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação (Clade).
De acordo com a coordenadora geral da Clade, Camilla Croso, o objetivo principal da reunião com a CIDH é sensibilizar os comissionados para a questão da discriminação das pessoas com deficiência. “Espera que a partir dessa sensibilização os comissionados possam ser mais enfáticos nos Estados da América Latina e Caribe para garantir o direito”, comenta.
Além disso, a coordenadora ressalta que essa é uma oportunidade para dar maior visibilidade ao problema da violação dos direitos das pessoas com deficiência na região. “Essa é uma questão que aparece pouco no debate educativo”, destaca.
Prova disso é a dificuldade de sistematizar os dados desses desrespeitos nos países latino-americanos e caribenhos. Segundo Camilla, ainda há pouca informação dessas nações a respeito da situação da educação para as pessoas com deficiência. E, de acordo com ela, essa também é uma demanda que as organizações levarão à CIDH. “[A gente quer] colocar ênfase na sistematização desses dados por país”, afirma.
Para a coordenadora da Clade, a principal violação do direito à educação para essa parcela da sociedade está no “acesso em si”. “[Ainda há] resistência em incluir as pessoas com deficiência no ensino público regular”, afirma. Ela explica que, durante muitos anos, priorizou-se uma educação segregada – “educação especial” – para as pessoas com deficiência, o que constitui uma “discriminação gravíssima”.
De acordo com Camilla, a legislação já avançou muito no direito ao acesso de todos à educação, mas, na prática, isso não acontece com frequência, pois, muitas vezes, a escola nega a matrícula do aluno com deficiência. “As pessoas com deficiência têm o direito à educação como qualquer outra”, comenta.
Essa também não é a única forma de desrespeito aos direitos dessa parcela da sociedade. “Garantido o acesso, outras violações acontecem, como [quando] a escola não consegue fazer os ajustes necessários para acolher essa pessoa com deficiência”, explica. Material didático não adaptado, professores mal preparados e falta de adaptação física para receber os alunos com deficiência são apenas algumas violações recorrentes no ambiente escolar.

Poucas conseguem estudar

Devido a essa série de desrespeitos, poucas pessoas com deficiência conseguem frequentar a escolar e completar os estudos. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) estima que 35% das crianças no mundo que não frequentam a escola possuem algum tipo de deficiência e, dessas, apenas 2% conseguirão concluir os estudos.
Nos países latino-americanos, a situação não é muito diferente do restante do mundo. No Peru, por exemplo, o Censo de 1993 apontou que 84,9% das pessoas com deficiência não frequentam ou nunca foram à escola, sendo a taxa de analfabetismo desta população 41%. No Chile, apenas 8% das pessoas com deficiência estão estudando, e uma de cada duas não consegue completar a educação básica.
Fonte: Agência Inclusive

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Leis para estacionamento de deficientes mudam em 2010

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A partir de janeiro do ano que vem, os portadores de deficiência e idosos vão receber um cartão que vai permitir acesso a vagas especiais.

Vaga pra estacionar virou tormento nas grandes cidades. Imagine então quando quem procura é um deficiente físico. As vagas especiais são ainda mais raras, mas, a partir de janeiro, as regras e as vagas vão mudar.
No centro de Goiânia, Lindomar encontra vaga especial. Quando consegue descer, ainda tem um outro desafio. “Acho que, cada espaço desse reservado, já que é para o cadeirante, deveria ter um rebaixamento”, opina Lindomar dos Santos. Para subir, ele precisa ir até a esquina.
Em muitos casos, a vaga para deficientes está indevidamente ocupada. “Eu só estou esperando, só estacionei para esperar, mas, na hora que chegar qualquer pessoa aqui eu tiro o carro. Estou errado”, diz um motorista.
Em janeiro de 2010, entram em vigor novas regras, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito, que prometem por ordem nessa confusão e melhorar os locais de estacionamento. Primeira mudança: sai o atual adesivo e passar a valer um cartão, que deverá ficar em um local visível do veículo.
Uma das vantagens da novidade é que o documento poderá ser utilizado em qualquer carro, desde que o deficiente físico seja o motorista ou o passageiro. Para ter direito ao cartão, será preciso passar por uma avaliação médica no Detran. O documento terá validade em todo o território nacional. Uma outra novidade é que um cartão semelhante dará o mesmo direito também ao idoso com mais de 60 anos.
Essas vagas ainda serão criadas. Quem estacionar irregularmente nesses locais pode ser multado e ainda ter o carro guinchado. O prazo para implantação dessas novas regras termina no final deste ano. Em Goiânia, por enquanto, só seis das 150 vagas especiais que existem, já estão de acordo com a nova lei.



Fonte: G1

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2º Encontro Assim como Você

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Aconteceu no último sábado mais um encontro do blog " Assim como você", do jornalista Jairo Marques. ( http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/ )

Foi um dia muito especial para todas as pessoas que lá estiveram, leitores assíduos do blog, que tiveram a oportunidade de reencontrar e conhecer amigos que diariamente estão nos comentários do blog.
Vieram pessoas das diferentes partes do país, e os que por algum motivo não estavam presentes, estavam em forma de pensamento e coração.


Estavam presentes pessoas que de alguma forma estão envolvidas pela inclusão social.
Foi uma noite muito especial, somente uma pessoa tão iluminada como o Jairo conseguiria reuniar tanta gente, com bagagens de vida incríveis, histórias fantásticas, foi muita emoção em uma só noite.

Todos nós ali presentes, acreditamos em um mundo melhor, e lutamos sempre pela quebra de todas as barreiras, e mais do que tudo o fim do preconceito.
Quem estava lá pode entender e sentir a energia desse ser iluminado que nos reune em prol de uma causa tão nobre....."bora" dominar o mundo?????








Fotos: Arquivo Pessoal
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

POLIBAT você conhece?

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A inclusão possibilita convivermos juntos, aprendermos a respeitar as diferenças. Através da aula de Educação Física é possível pessoas com ou sem deficiência brincarem, jogarem, fazerem muitas atividades em conjunto.
A seguir apresentaremos o Polibat, esporte adaptado para que você conheça, jogue e também desafie-se a pensar outras atividades e possibilidades que existem de estarmos convivendo numa perspectiva inclusiva, na escola, na sociedade e em especial nas aulas de Educação Física.

O Polibat é uma nova prática esportiva, foi criada na Inglaterra, nos anos 80, direcionado a pessoas com comprometimento motor.
O jogo permite que qualquer pessoa pratique esta atividade como, por exemplo: paralisados cerebrais, pessoas que tiveram acidente vascular encefálico, espinha bífida, distrofia muscular, lesão medular, paralisia infantil, enfim não se restringe quanto ao comprometimento motor, basta que o praticante tenha a possibilidade de segurar a raquete e movimento de membros
superiores, qualquer pessoa pode jogar, basta querer.
O esporte pode ser usado como uma atividade ou uma série de situações para aqueles indivíduos com limitações que impeçam a sua participação no tênis de mesa convencional/recreativo, como por exemplo: aulas de Educação Física, recreação e lazer, reabilitação e competições esportivas.
O jogo também pode ser jogado em duplas.
Nosso convite é para que você conheça o jogo e venha também praticá-lo.

EQUIPAMENTOS
Strapasson, 20041

O jogo é praticado em uma mesa de tênis de mesa sem
rede - 1,2 m x 2,4 m ou uma mesa com as mesmas dimensões.
A mesa tem em suas laterais uma proteção em madeira (para que a bola não saia pelo lado) que apresenta o comprimento total da mesma e possui uma altura não mais que 10 centímetros que não pode adentrar na área da mesa em direção ao centro em mais de 3,5 centímetros — esses devem ser afixados de uma maneira firme.
A bola utilizada é a plástica de golf macia, tipo airflow possui baixo potencial de quique e deve ser quicada na superfície da mesa o tempo todo. A raquete deve possuir uma área de batida de 18 centímetros quadrados e um comprimento máximo de 30 centímetros, tendo um cabo lateral ou central.

Como sugestão para substituir a bola, os mais variados:

bola de tênis de mesa, bolinha de desodorante de roll-on, de tênis de campo, bolinha de borracha, enfim, use sua criatividade.


O JOGO:
O jogo é disputado em 11 (jogo curto) ou 21 pontos (jogo longo), onde cada jogador saca 5 vezes em séries alternadas. Em todos os casos a bola deve ser sacada do ponto ou linha central.
O receptor deve permitir que a bola sacada toque o anteparo lateral apropriado antes de tentar rebatê-la.
A raquete deve manter contato com a mesa (ela é arrastada) e a bolinha deve ser lançada nas bordas laterais, com objetivo de rebater a bola para fora do lado do oponente ou
forçando um ponto decisivo.
A bola levantada/quicada que for parar de um dos lados (painéis ou bordas laterais) da mesa será considerado falta — ponto do adversário, ou seja, a bola deve manter contato
constante com a mesa.
Se a bola for parada e estacionar durante uma batida de bloqueio ou um movimento de manipulação, isto caracteriza uma falta, pois, qualquer parada com recomeço proposital pode ser
considerada uma falta pelo juiz.

PONTUAÇÃO:
• Cada ponto jogado resulta em um ponto para o sacador ou receptor;
• Pontos são ganhos ou perdidos devido as faltas que ocorrem;
• Cada servidor irá sacar cinco vezes de qualquer lado da mesa;
• Um jogador tem permissão para fazer manipulações múltiplas antes de devolver a bola;
• Os jogadores (sentados ou em pé) podem apoiar qualquer parte superior do corpo na mesa: para equilibrar-se;
• O juiz irá interpretar decisões relacionadas com: o contato corporal, bolas levantadas, procedimentos do servidor, bolas paradas e ocorrência
• Em um jogo de duplas, qualquer receptor pode rebater a bola sacada. No entanto, o mesmo sacador, saca 5 (cinco) vezes, e então o (direito de sacar) vai para o 1° (primeiro) sacador da
oposição. Esses sets de saques são então alternados entre os quatro jogadores. Um sacador deve sacar todos os 5 (cinco) saques do mesmo lado. Receptadores e novos sacadores não podem mudar de lado da mesa durante o jogo;
• Um servidor deve sacar todas as 5 servidas do mesmo lado durante o jogo;
• O vencedor é o primeiro jogador ou par ao alcançar II pontos ou 21 pontos. Em competições importantes (grandes), deve-se jogar apenas 11 pontos;
• Um juiz tem direito de vetar qualquer aspecto, comportamento ou equipamento que não for considerado dentro do espírito de jogo.

ARBITRAGEM:
O jogo cria decisões e interpretações complicadas à fazer.
A velocidade à qual o jogo pode ser jogado significa que a observação alerta e observações repentinas podem ser necessárias.
Sugestão: o jogo deve ser arbitrado levando em consideração as regras de tênis de mesa, observando as características do mesmo.

Fonte: http://educaofsicaadaptadaeeducaoespecial.blogspot.com

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Alunos do SENAI/SC desenvolvem banco adaptado para carros

Preocupados com o bem-estar de pessoas com deficiências motoras, alunos do SENAI/SC de Concórdia, em Santa Catarina decidiram desenvolver um banco automotivo adaptado, que facilita o acesso ao interior do veículo e que seja fabricado com um preço mais acessível. Esse é apenas um dos projetos expostos na Mostra Inova SENAI, que será realizada em Joinville de 26 a 30 de outubro.
A poltrona adaptada possui um sistema que permite girar a poltrona em 90º e deslocá-la para fora do automóvel, com o uso de um pequeno motor. Uma das vantagens é a redução do esforço que os portadores de necessidades especiais tem que fazer para entrar no carro, uma vez que o maior espaço deixa o banco mais acessível.
Segundo o último Censo do IBGE, existem no Brasil quase 9,5 milhões de pessoas com deficiência física ou motora. Desses, muitos não possuem condições de adquirirem bancos adaptados, que facilitam a acomodação. "No mercado, uma adaptação como essa custa cerca de R$ 50 mil. Mas estimamos que o nosso sistema não custe mais que R$ 3 mil", afirma o coordenador do projeto, professor Rodrigo Friebe. A idéia partiu de um dos dois alunos da equipe, que possui um familiar deficiente físico sem condições de pagar pela adaptação convencional.
De acordo como professor, a equipe prevê um valor bem menor por utilizar peças já disponíveis no mercado. E, apesar do preço, Friebe garante que a qualidade será a mesma. "Para fazer a movimentação, usamos um motor para vidro elétrico, que tem grande vida útil, enquanto os produtos existentes no mercado utilizam motor especial, o que aumenta o preço", explica. Na construção, a equipe também utiliza o banco original do automóvel, sem necessidade de modificar o interior do veículo. Além disso, a equipe realizou uma pesquisa de especificações técnicas, para que o banco adaptado possua a mesma segurança que os demais.
A intenção é ceder o projeto para as pequenas empresas que não possuem condições de produzir os bancos adaptados. "Ninguém está ganhando dinheiro com isso e não pretendemos ficar com a patente. Para os alunos, o que importa é o conhecimento", destaca Rodrigo Friebe.
O projeto do banco automotivo adaptado, juntamente com outras 17 boas idéias, será apresentado ao público na etapa estadual da Mostra Inova SENAI, realizada entre os dias 26 e 30 de outubro, em Joinville. A mostra incentiva o desenvolvimento da atitude inovadora de alunos e docentes e promove o intercâmbio técnico-científico com a comunidade industrial.

Fonte: Sentidos

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Pessoas com deficiência podem obter financiamento para imóvel adaptado

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RIO - A piauiense Laura Marques garante que se alguém lhe oferecesse uma suíte no Copacabana Palace para morar, ela diria que não. A vendedora, de Teresina, que é anã, há nove anos conseguiu comprar, via financiamento do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), da Caixa Econômica, um imóvel adaptado para o seu tamanho. Laura foi uma pioneira. No mesmo ano, foi sancionada a Lei da Acessibilidade (a 10.098), que determina que o governo federal, em políticas habitacionais, reserve um percentual mínimo do total das moradias para quem tem deficiência física. Mas poucos sabem disso. É o que mostra a reportagem de Luciana Calaza para o Morar Bem deste domingo.
O gerente nacional do PAR, André Marinho, explica que, no caso dos imóveis enquadrados nesse programa - criado para famílias de centros urbanos que recebem até R$ 1,8 mil - a Caixa fixa condições prévias para a construção.
- No PAR, a Caixa, com recursos de um fundo, adquire um terreno e contrata a construção de unidades residenciais. Assim, reservamos um percentual do total das habitações para pessoas portadoras de deficiência - explica Marinho.

Laura, conhecida pelas palestras motivacionais que ministra, conta que, na época, a equipe da Caixa disse que, se a construtora não fizesse nenhuma objeção às adaptações, eles lhe dariam a autorização. A empresa topou.

- Hoje está tudo mais fácil. Mas as pessoas não têm informações e não acreditam que vão conseguir.

Fonte: O Globo

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TST determina que empresa reintegre deficiente

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A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho aceitou recurso de um empregado, deficiente físico, demitido pela empresa e determinou sua reintegração, diante do descumprimento, pela empresa, da exigência legal contida no art. 93, § 1º da Lei nº 8.213/91, que estabelece garantia indireta de emprego, ao condicionar a dispensa do trabalhador reabilitado ou deficiente habilitado à contratação de substituto em condição semelhante.
A empresa firmou Termo de Ajuste de Conduta em agosto/2001 perante o Ministério Público do Trabalho e a Procuradoria do Trabalho do Estado de Sergipe, comprometendo-se a preencher as vagas que surgissem com a contratação de deficientes ou beneficiários reabilitados, até atingir o percentual de cargos previstos no art. 93 da Lei nº 8.213/91. Garantiu, ainda, a somente rescindir contratos de trabalho, sem justa causa, de empregados portadores de deficiência, após a contratação de substituto em condições idênticas.
Contudo, não foi o que ocorreu com o empregado. Contratado como assistente comercial em julho/1994, foi demitido, sem motivo, mesmo sendo portador de deficiência física (patologia ortopédica traumática) em 18/09/2002. Mas a empresa não contratou substituto tendo, ainda, admitido diversos empregados não-portadores. Solicitada a prestar esclarecimentos pelo Ministério Público, afirmou descumprir o pactuado pelo fato de o NAT – Núcleo de Apoio ao Trabalhador – não ter enviado relação dos candidatos, mas comprometeu-se a reintegrá-lo, provisoriamente, até a contratação de substituto, conforme exigência da Lei nº 8.213/91.
Reintegrado às suas funções em 29/10/2002, o assistente passou por vários tratamentos médicos e licenças, tendo, inclusive, gozado do auxílio-doença por um mês e meio. Após realização de exames, verificou-se a necessidade do afastamento por mais quinze dias. Quando se dirigiu ao Setor de Recursos Humanos para entregar o atestado, a empresa se negou a recebê-lo e ainda o demitiu.
Buscou, na Justiça do Trabalho, ser reintegrado, mas não obteve êxito no Primeiro Grau. De igual modo decidiu o TRT da 20ª Região, Sergipe, ao indeferir o recurso do empregado. Para o Regional, o disposto no art. 93, caput, combinado ao § 1º não estabelece direitos individuais, abrange a proteção a um grupo de trabalhadores – as pessoas portadoras de deficiência.
Ao reformar as decisões anteriores, a relatora, ministra Maria Cristina Peduzzi afastou o princípio de que o art. 93 da Lei nº 8.213/91 não é veiculador de garantia no emprego e determinou o retorno do processo ao Regional para que se pronuncie sobre o preenchimento das condições previstas no mencionado dispositivo. (RR-25/2005.001.20.00-6)

Fonte: http://jusvi.com

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Inscrições abertas para o Seminário Internacional Comunicação e Exclusão em São Paulo

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Dias 27, 28 e 29/10

O Seminário Internacional Comunicação & Exclusão – pessoas com deficiência, invisibilidade e emergência irá apresentar um panorama da produção, circulação, acesso e acessibilidade da comunicação e da informação, tendo como foco as pessoas com deficiência. As inscrições estão abertas no Portal SESC SP ( www.sescsp.org.br ) ou nas unidades do SESC SP. O seminário será no SESC Vila Mariana, em São Paulo, nos dias 27, 28 e 29/10.
Cada vez mais, os meios de comunicação ampliam seu alcance e diversificam suas formas de veicular a informação. Porém, nesse contexto, as pessoas com deficiência e suas famílias ainda encontram muitas dificuldades, tanto no que diz respeito à acessibilidade quanto à qualidade do conteúdo veiculado.
Os participantes do evento irão discutir, dentre outras questões, a formação dos profissionais da área de Comunicação, o papel da mídia e das artes, a importância das tecnologias assistivas e a responsabilidade do Estado e dos governos em torná-las acessíveis por meio de políticas públicas. Também serão apresentadas iniciativas do Terceiro Setor, trazendo experiências positivas concretas que colaboram para que as pessoas com deficiência tenham acesso a informações de seu interesse, um direito humano fundamental.
Contando com a presença de representantes dos meios de comunicação, do meio acadêmico e das pessoas com deficiência, o seminário tem por objetivo inserir a problemática das diferentes deficiências em um debate mais amplo em torno da democratização da informação e dos meios de comunicação.

Programação:

Dia 27/10
19h30 – Conferência de abertura ACESSO À SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO: DIREITOS DE COMUNICAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Julia Hoffmann – mestre em Direito Internacional e Europeu e em Ciências da Comunicação. Leciona e atua como orientadora no Departamento de Ciências da Comunicação na Universidade de Amsterdã (Holanda).
Mediador: Luiz Carlos Lopes – jornalista formado pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Coordena a área de Comunicação e Marketing da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida – SMPED

Dia 28/10
9h30 – Colóquio MÍDIA E DEFICIÊNCIA: PRECONCEITOS, ESTEREÓTIPOS E O PAPEL DA MÍDIA COMO FACILITADOR DE PROCESSOS DE INCLUSÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Marcos Peres – jornalista da Sport TV
Veet Vivarta – diretor-editor da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI). Trabalha com pesquisa sobre adolescentes com deficiência
Paulo Romeu Filho – Analista de Sistemas da Prodam ETIC Empresa de Tecnologia de Comunicação e Informação da Prefeitura de São Paulo. Atuou como colaborador do Ministério das Comunicações na elaboração da norma ABNT/NBR 15290 (Acessibilidade em Comunicação na Televisão) e da norma complementar nº 1/2006 (Recursos de Acessibilidade para Pessoas com Deficiência na Programação)
Mediador: Tuca Munhoz Presidente do Instituto MID para a Participação Social das Pessoas com Deficiência

11h – Colóquio MÍDIA E DEFICIÊNCIA: FORMAÇÃO PROFISSIONAL E O DISCURSO JORNALÍSTICO SOBRE AS DEFICIÊNCIAS
Jose Luis Aguirre – diretor do Servicio de Capacitación en Radio y Televisión para El Desarrollo (SECRAD), da Universidad Católica Boliviana San Pablo La Paz (Bolívia)
Carlos Chaparro – professor doutor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
Claudia Werneck – jornalista e diretora da Organização Escola de Gente
Mediador: Elizabete Cristina Costa Renders – coordenadora da Inclusão da Universidade Metodista

14h30 – Mesa-redonda ARTE E CULTURA E AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Amanda Tojal – museóloga, educadora e coordenadora do Programa Educativo Públicos Especiais da Pinacoteca do Estado de São Paulo
Lara Pozzobon – produtora do Programa Assim Vivemos da TV Brasil
Rodrigo Mendes – fundador do Instituto Rodrigo Mendes
Mediador: João Baptista Cintra Ribas cientista social, doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo e coordenador do Programa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência da Serasa Experian.
Mediadora: Nicole Somera – graduada em Canto Popular, mestre em Artes (pesquisa sobre grupos de artistas com deficiência) e doutoranda em Educação pela UNICAMP.

16h – Relatos de Experiências COMUNICAÇÃO PARA E SOBRE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, SEUS GRUPOS E SUAS ORGANIZAÇÕES
Cláudia Cotes – presidente da OSCIP Vez da Voz
Lúcio Carvalho – colaborador da Agência Inclusive
Manoel José Passos Negraes – integrante da equipe do Minuto da Inclusão
Mediadora: Lia Crespo - jornalista, mestre em Ciências da Comunicação (ECA/USP) e doutoranda em História (FFLCH/USP). Militante do movimento das pessoas com deficiência e participante do CVI-Araci Nallin

Dia 29/10
9h30 – Mesa-Redonda DIREITO À INFORMAÇÃO E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS: A PESSOA COM DEFICIÊNCIA COMO PRODUTORA E RECEPTORA DE INFORMAÇÕES NA PERSPECTIVA DO MODELO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA
Marco Antonio Pellegrine – coordenador de Projetos da Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência de São Paulo
Ana Rita de Paula – doutora em Psicologia Clínica e consultora sobre inclusão do Ministério da Saúde, da organização social SORRI Brasil e da UNESCO
Mediador: Luciano Sathler – pró-Reitor da Universidade Metodista de São Paulo e presidente para a América Latina da WACC Associação Mundial para a Comunicação Cristã

11h Mesa-Redonda POLÍTICAS PÚBLICAS EM COMUNICAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Eduardo Castro – gerente de Jornalismo da TV Brasil
Fábio Adiron – comunicador e ativista pelos direitos das pessoas com deficiência
Mediador: Sérgio Gomes – diretor da Oboré – Empresa Social de Comunicação

14h30 – Relatos de Experiências PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E AS REDES DE COMUNICAÇÃO
Ana Maria Barbosa – coordenadora da Rede SACI
Carmen Leite Ribeiro – coordenadora executiva da Rede Entre Amigos
Regina Atalla – presidente da Riadis (Rede Latino-Americana de Organizações Não-Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias).
Mediador: Adelino Ozores – coordenador da Casa de Cultura de Santo Amaro

16h – Palestra de encerramento O DIREITO À COMUNICAÇÃO E À INFORMAÇÃO DE GRUPOS MINORITÁRIOS NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Frei Carlos Josaphat – professor emérito da Universidade de Friburgo (Suíça). Estudioso da ética na mídia.
Apresentador: José Augusto de Oliveira Camargo – presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e Diretor do Departamento de Saúde e Previdência da FENAJ

Realização:
Serviço Social do Comércio – SESCSP
Instituto MID para a Participação Social das Pessoas com Deficiência

Apoio:
Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Colaboração:
Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE)
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida
Centro de Vida Independente Araci Nallin

INSCRIÇÕES ABERTAS:
No Portal SESC SP www. sescsp.org.br
Ou pessoalmente nas unidades do SESC SP

Taxa de Inscrição:
R$ 40,00 (inteira)
R$ 20,00 (usuário inscrito, +60 anos, estudante e professor da rede pública de ensino)
R$ 10,00 (trabalhador no comércio de bens e serviços matriculados no SESC)

SESC Vila Mariana
Rua Pelotas, 141 São Paulo SP CEP 04012-000
Tel.: (11) 5080-3000
comunicacaoeexclusao@vilamariana.sescsp.org.br

Assessoria de Imprensa
Jacqueline Guerra
(11) 5080-3044
imprensa at vilamariana.sescsp.org.br

Fonte: Acessibilidade para todos

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domingo, 25 de outubro de 2009

Seminário Educação para Todos: uma agenda positiva

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“É com muita alegria e honra que recebo todos vocês aqui hoje. Ver tantas pessoas interessadas em discutir sobre o acesso à educação de crianças com deficiência, só reforça a importância deste tema”, afirmou a vereadora Mara Gabrilli para as cerca de 200 pessoas presentes na abertura do Seminário Educação para Todos: uma agenda positiva, que aconteceu neste sábado, 17 de outubro, na Câmara Municipal de São Paulo.
Para a vereadora, não existe política pública que tenha maior potencial de criar oportunidades, diminuir desigualdades e favorecer a inclusão social do que a Educação. “O acesso universal ao ensino básico é um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas. E hoje, 17 de outubro, é o Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza e acredito que não há melhor maneira de lutar contra a pobreza do que por meio da Educação”, completou Mara Gabrilli.
“Para fazer avançar o processo de inclusão nas escolas, reuni diversas experiências para fomentar o diálogo e a troca de aprendizados. Não é mais possível aceitar que as escolas digam que não estão preparadas por falta de conhecimento. Reunimos 20 profissionais hoje aqui, mas todos fazem parte de equipes maiores que ministram cursos e ensinam e, sobretudo, aprendem. Se as escolas não começarem a receber estas crianças jamais estarão aptas. E uma escola que se organiza e promove os apoios necessários para receber alunos com deficiência física, visual, auditiva ou intelectual, é melhor e mais completa”, finalizou Mara.
A abertura ainda contou com um espetáculo de ballet clássico ao som da cantora e compositora Sara Bentes, premiada nacional e internacionalmente por seu talento musical. Quem dançou foi a bailarina Aline Favaro Tomaz, que tem síndrome de Down. Sara Bentes é cega e também abrilhantou o seminário como Mestre de Cerimônias, ao lado do advogado e comentarista da rádio CBN no programa Cidade Inclusiva, Cid Torquato, tetraplégico.
Os debates aconteceram em quatro mesas temáticas, divididas por tipo de deficiência, para falar e aprofundar as necessidades educacionais especificas de cada uma.
A mesa de abertura contou com a participação da secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Batistella, que representou o governador do Estado José Serra no evento, com os secretários municipais da Educação, Alexandre Schneider, que representou o Prefeito Gilberto Kassab, e o da Pessoa com Deficiência, Marcos Belizário, assim como a presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Gersonita de Souza, a diretora do Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Municipal de São Paulo (Sinesp), Marilza da Gama e Silva, e representantes de ONGs: o presidente da AACD, Eduardo Carneiro e o presidente da Fundação Prada de Assistência Social, Giuseppe Ulderico Farini.

O Poder do tato

A primeira mesa, que debateu “O poder do tato”, contou com a mediação da pedagoga especialista em educação de pessoas cegas e com baixa visão Maria Cristina Godoy Felippe, que é gerente do Atendimento Especializado em Educação e Reabilitação da Fundação Dorina Nowill para Cegos. “Os avanços tecnológicos contribuem para o acesso ao conhecimento, porém o braile jamais será substituído”, disse Maria Cristina. “Como educadores devemos incentivar o ensino e a utilização desse sistema pelas pessoas com deficiência visual e, principalmente, divulgar essa forma de comunicação a qualquer cidadão, uma vez que a inclusão pressupõe comunicação.”
Participaram do debate com sua experiência sobre deficiência visual, a psicóloga Eliana Maria Ormelezi, membro da Laramara na área de apoio à inclusão, a arte-educadora Isabel Bertevelli, do Instituto de Cegos Padre Chico (escola fundada em 1930), a professora de Apoio e Acompanhamento à Inclusão Magali Sorbini Peroco, do CEFAI Penha da Secretaria Municipal de Educação (SME).
Todas as especialistas destacaram a importância de valorizar a habilidade que o cérebro tem de organizar as informações recebidas pelos órgãos dos sentidos, e assim valorizar o potencial de aprendizado das crianças com deficiência visual. A mesa Poder do Tato ainda contou com a experiência pessoal da bibliotecária Maria Helena Chenque, que é cega desde a infância e trabalha na Biblioteca Braille do Centro Cultural São Paulo.

Sem limites para aprender e conviver

Mediada pela socióloga Marta Gil, especialista em redes de informação sobre inclusão e deficiência, e coordenadora da Amankay, a segunda mesa discutiu as questões de aprendizado das crianças com deficiência intelectual.
As professoras Liliane Garcez, do setor escolar da APAE, e Maria Teresa Azevedo Braga, do CEFAI Santo Amaro SME, mostraram suas experiências positivas e as estratégias para os alunos com deficiência intelectual. “Diversos documentos legislativos buscam efetivar o direito inalienável de qualquer criança de estudar na classe comum da escola regular, princípio já garantido pela Constituição Federal de 1988. Além da legislação, a construção de uma educação inclusiva implica na necessidade de romper paradigmas, rever posturas e valorizar, sobretudo, as diferenças dos estudantes em sala de aula. Isso significa reconhecer e estimular os talentos de cada aluno”, afirmou Liliane Garcez.
Liliane ainda contou que a APAE de São Paulo foi reduzindo aos poucos as atividades da escola especial que conta hoje com apenas 20 alunos. “No final deste ano, encerraremos as atividades e manteremos o atendimento das 410 crianças matriculadas na rede regular comum - pública ou particular -, e que são atendidas na Apae no contra turno. Além disso, estamos desenvolvendo ações de assessoria e formações às escolas e redes de ensino”, completou mostrando que há suporte a disposição para as escolas que buscarem se aperfeiçoar.
O estagiário do gabinete da vereadora Mara, Edgar Teixeira, que tem síndrome de Down, deu um depoimento e a bailarina Aline Tomaz, também com síndrome de Down, apresentou um número de ballet com sapatilhas de ponta, mostrando que os talentos podem ser diferentes, mas todos os têm.

Ir, vir e permanecer no ambiente da escola

O jornalista Jairo Marques, chefe de reportagem da Folha de S. Paulo, mediou a mesa que tratou das questões da deficiência física. Jairo, que contraiu pólio aos nove meses, passou pela escola e faculdade com a cadeira de rodas. “Superei muitos obstáculos, mas a sociedade hoje dá mais garantias. Temos que cobrar acesso. Não se pode mais negar a uma criança o acesso a educação, cultura, lazer, esporte porque falta uma rampa ou elevador.”
Participaram do debate a arquiteta Silvana Cambiaghi, também cadeirante, que é presidente da CPA – Comissão Permanente de Acessibilidade – e professora de design na faculdade SENAC, e a coordenadora do setor escolar da AACD, Aparecida Benatti, a professora Deise Tomazin Barbosa, do CEFAI Freguesia do Ó/ Brasilandia (SME). O depoimento ficou por conta da publicitária Julie Nakayama, a Guardiã da Paulista.

A língua que ocupa o espaço

Um dos pontos mais polêmicos é a inclusão dos surdos nas escolas comuns. A mesa, mediada pelo surdo Paullo Vieira, presidente da Associação dos Surdos de São Paulo, abordou a importante questão das diferenças linguísticas. Muito se fala sobre as vantagens da educação bilíngue, com referência ao aprendizado de uma língua estrangeira. Mas não são todos que sabem que esta modalidade é também aplicada para às duas línguas oficiais no Brasil: a Língua Portuguesa e Língua Brasileira e Sinais - a LIBRAS -, quando se trata da educação das pessoas surdas.
É o direito a este aprendizado que os surdos defendem e a polêmica é ocasionada porque afirmam que esta modalidade de ensino seja feita nas escolas especializadas para surdos e não na rede regular.
Participaram a Doutora Maria Cecília de Moura, pesquisadora em Linguagem e Surdez e docente do curso de Fonoaudiologia da FACHS e PUC-SP, a pedagoga, Mestre em Educação, Maria Inês da Silva Vieira, coordenadora do Programa de Acessibilidade /LIBRAS da DERDIC/PUC-SP, a professora Claudia Pires Santana Freitas, da Diretoria Regional de Ensino de Guaianases da SME e a coordenadora pedagógica da AHIMSA, especialista em surdocegueira e múltipla deficiência sensorial, Dalvanise de Farias Duarte. A experiência pessoal foi dada pela jornalista Cristina Bicudo.
O evento foi fechado com chave de ouro com a palestra da diretora de Orientação Técnica (DOT) em Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Silvana Drago, que é pedagoga com especialização em Distúrbios da Áudio-Comunicação, Administração e Supervisão Escolar, que falou sobre os desafios da Rede Municipal.

Para finalizar, a vereadora Mara Gabrilli reproduz um texto do grande educador Rubem Alves:
O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer. Para isso eu falo e escrevo: para que eles tenham coragem de nascer. Quero educar os educadores. E isso me dá grande prazer porque não existe coisa mais importante que educar. Pela educação o indivíduo se torna mais apto para viver: aprende a pensar e a resolver os problemas práticos da vida. Pela educação ele se torna mais sensível e mais rico interiormente, o que faz dele uma pessoa mais bonita, mais feliz e mais capaz de conviver com os outros

Fonte: Portal Mara Gabrilli

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Jipe adaptado para cadeirantes será usado no turismo do Rio

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Apresentação do veículo aconteceu nesta sexta-feira (23).
Jipe estará disponível para passeios na Floresta da Tijuca e Corcovado

Foi apresentado na tarde desta sexta (23), na Feira das Américas, no Riocentro, na Zona Oeste do Rio, o primeiro jipe adaptado para turismo com cadeirantes.
O veículo estará disponível a partir deste fim de semana para passeios na Floresta da Tijuca, na Zona Norte, no Corcovado, na Zona Sul, e em outros pontos da cidade.
“Este foi o pontapé inicial. Vamos sediar as Paraolímpiadas em 2016 e estamos trabalhando para dar acessibilidade aos cariocas e turistas que nos visitam”, informou o secretário especial de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello.
O deficiente físico Edvaldo dos Santos, que testou o jipe, contou que se sentiu seguro no veículo. “Nos sentimos seguros. As rodas ficam bem presas e, por isso, a cadeira não balança”, disse.

Foto: O Jipe de foi adaptado para cadeirantes (Foto: Fábio Costa/ Riotur )
Fonte: G1

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